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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PUNIÇÃO GERAL E IRRESTRITA, JÁ!

Recente discussão entre várias opiniões a questão da Lei da Anistia, de 1979, e o perdão “geral e irrestrito”, tanto a torturadores, quanto a terroristas ou não terroristas da época da Ditadura Militar no Brasil.
Hoje, esta discussão surge da intenção de alguns em verem punidos os antigos torturadores, muitos que continuam vivos e volta e meia aparecem na vida de ex-militantes da antiga esquerda brasileira da época.
O perdão, geral e irrestrito, atingiu a extinção de processos contra os militantes de esquerda e outros acusados, justa, injustamente, procedentemente ou não, apagando as possíveis condenações e as alegadas perseguições bem como apagou junto às possibilidades de punição aos operadores e mandantes dos paus-de-arara, choques elétricos, surras, queimaduras genitais e até de alegadas mortes e corpos jogados em alto mar.
Hoje, lutamos contra as pequenas ditaduras de grandes efeitos sociais, como exemplo a daqueles que pretendem nos torturar, tirando nosso sossego de cidadãos contribuintes e sem crimes, todos em tese, em tese repito.
Lutamos contra a ocupação de áreas públicas e a exploração destas mesmas áreas, cedidas por ocupação, à semelhança da “revolução militar de 1964”, pseudo-legalizadas pelas Leis Municipais dos Bolsões que atingem vários Municípios brasileiros.
A meu ver, somos a semelhança, os perseguidos pela ditadura das associações de bairro e pelos interesses das administradoras de condomínios e das especulações imobiliárias enquanto o outro lado, contrário a nós, são a semelhança ou mera coincidência, os militares de outrora, agindo a mão dura e a mão grande, impondo processos justos ou não, procedentes ou não, contra moradores e proprietários.
Hoje, como em 1979, há uma corrente dentre os dois lados, associações e os verdadeiros lutadores contra as associações, que prega o diálogo e a paz, dizendo ser a solução para tudo isto, definitivamente.
Hoje, como em 1979, há até os que se dizem contrários as associações, mas fazem acordos com estas e querem manter a coisa, pois sobrevivem do problema, da mazela e da ferida dos bolsões.
Acho que não podemos incorrer no mesmo erro.
O MRLL, (Movimento RenoirLutero Livre), é criticado pelas próprias e vitoriosas ações e manifestações, tidas como “agressivas”, e pela “dureza” de nossas posições.
Mas a história ensina, guardadas as proporções.
Hoje, vemos o arrependimento dos antigos militantes da esquerda que aceitaram a anistia geral e irrestrita em 1979 e agora vêm que a impunidade não resolveu o problema, não fechou as feridas, de nada serviu como exemplo e querem punição tardia e ilegal contra os torturadores.
A conversa e o diálogo, o acordo a paz aparente da lei/acordo de 1979 só geraram mais impunidade e insatisfação.
Hoje, em analogia, devemos punir os ocupadores de áreas públicas, as associações de cobradores de sobretaxas de pretensa manutenção em áreas públicas, e até mesmo, punir os “Gersons” e suas associações, que se dizem vítimas de outras associações, que se dizem do nosso lado, porém não passam de pretensos espertalhões que usam, gostam dos falsos condomínios e só não querem é pagar.

Dr. Ricardo A Salgueiro
Médico
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