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sexta-feira, 1 de maio de 2009

PRIMEIRO DE MAIO E "BOLSÕES" DA DISCRIMINAÇÃO

AS CONQUISTAS DOS TRABALHADORES BRASILEIROS ADVINDAS COM A CONSTITUIÇÃO DE 1988 AINDA ESTÃO MESMO LONGE DE SEREM CONQUISTADAS.



Trabalhadores informais e formais que vivem das migalhas dos serviços da classe média nos condomínios irregulares da Grande São Paulo, e em outros espalhados pelo Brasil, sofrem com a discriminação, a perda de direitos, a falta de assistência e amparo organizacional de suas categorias.




Cadastros de empregadas domésticas, estacionamentos para prestadores de serviços externos ao "residencial" nas áreas públicas, tão falso como um rolex de barraca do "camelô da esquina, portões e cancelas com passagens mais laterais e diferentes para trabalhadores e moradores...são o quadro da discriminação feita no dantesco inferno criado por políticos municipais nos lugares que antes eram livres para todo o povo.

Diante da ausência dos políticos, os ocupantes do poder público de várias épocas e ocasiões, temos que agir de maneira solidária e cidadã.

Quando o MRLL tramitava a conquista de uma linha ônibus para amparar o direito ao transporte destes trabalhadores na Estrada do Capuava, região da Granja Viana, em Cotia, passando um abaixo assinado entre os moradores e cidadãos em geral, encontrou resistência por parte dos proprietários, moradores de classe média destes falsos condomínios em assinarem o pedido.

Isto mostra o grau de falta de solidariedade e o sentimento de ódio, de péssima origem, que estas pessoas de classe média, grupo de moradores mantém nestes “bolsões” de discriminação.

Muito prováveis resquícios de ditadura elitista, períodos escravocratas, estes sentimentos e atitudes denotam que a Sociedade está muito longe da evolução desejada e que a origem da ocupação irregular de áreas públicas é apenas um dos sintomas de um grande mal que acomete os dias de hoje.

Quantos "renoires", quantas "granjas vianas", quantos "residenciais" há no Brasil?

Dr. Ricardo A Salgueiro
Médico
MRLL

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