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terça-feira, 29 de setembro de 2009

COTIA, BRASIL, A VIOLÊNCIA DOS FALSOS CONDOMÍNIOS

VIOLÊNCIA CONTRA A ÉTICA
TAMBÉM É VIOLÊNCIA


EM ALGUNS LUGARES O COTIDIANO É O RETROCESSO.
E É TANTO QUE AINDA
VIVEM POLITICAMENTE ANTES DA CRISE MUNDIAL

A manutenção do poder das classes gera problemas e conflitos no dia a dia.

A pequenização do Estado, pregada pelas teorias do neo-liberalismo, foi contestada na prática pela explosão da recente crise econômica.

Apareceu a fraqueza da teoria da não produção, do abandono da coisa pública para a exploração e a especulação por terceiros.

Quando a coisa apertou com a queda dos rendimentos das Bolsas de Valores, os que antes se diziam não necessitados do Estado, passaram a procurar apoio e soluções nas verbas e na administração pública.

Isto prova que a teoria do Estado pequeno não se sustenta.

Partidos políticos apostaram suas ideologias na privatização por acreditarem não ser necessário o Estado como administrador da coisa pública.

Claro que no Brasil e em outros países semelhantes, encontraram ajuda nesta imposição, devido à má gestão pública até agora empregada no país.

Cabide de empregos, buraco sem fundo dos desperdícios de verbas, corrupção sem fim, favoreceram a justificativas então da tal “necessária” privatização.

Esta corrente de pensamento contaminou tudo, até governos municipais.

E com suas grandes imperfeições, se olhada à luz da Ética e das Leis, veio de encontro aos interesses das classes menos pobres do Brasil, sedentas de poder a qualquer meio e obra.

No caso específico da especulação imobiliária, a falta de Segurança Pública gerada pela diminuição dos cuidados administrativos públicos, veio mesmo para facilitar a venda da idéia do pânico e do medo.

Moda é morar nos pontos ou regiões de acúmulo de pessoas tidas como de grande poder aquisitivo, os “vips” ou “chiques”, caras sequestráveis e endinheirados.

Ao mesmo tempo, a idéia da possibilidade de ser também um “vip” e “chique”, gerou a procura por este objetivo.

Mas, os que não conseguem “ser” preferem “ter”, pois comprar é possível com o dinheiro emprestado das Bolsas.
Comprar é mais fácil que tentar “ser”.

Assim, os que não “são” procuram compensar o “não ser” no “ter”, comprando a prestações ou com grana da herança afinal, para dominar alguma coisa, para ter alguma coisa, pois é o que exige a Sociedade de consumo.

O SER nada vale. As pessoas valem pelo TER, que possuem.

Consumimos e assim, somos consumidos pelo próprio consumir que queremos.

A ganância por status social é fonte do consumo de tudo.

Mas como poder morar “tipo alphaville”, se o dinheiro só pode comprar ou a herança só deixou uma propriedade num Bairro da Grande São Paulo?

Ora, se não podem produzir ouro e jóias, pintam-se as coisas de amarelo e brilho.

Se as Leis não permitem, o jeito é fazer Leis que permitam!

Neste ponto entram os políticos e o “neo-liberalismo” conveniente aos dois lados interessados.

Para sobrar mais verbas nos orçamentos, reduzem-se despesas privatizando o que é público, e que mal administrado, dá muita despesa.

Em bolsões residenciais, os bairros são mudados.

Associações de Bairro, antes populares e livres, passam agora a serem tentadas por administradoras de condomínios, antes só verticais.
E agora vão chamar de “condomínio” tudo que for público mas, oficialmente particularizado.

Pronto, bolsões viram “condomínios” falsos.

continua....

MRLL

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