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domingo, 11 de novembro de 2012

AS VERDADEIRAS VÍTIMAS - A DURA VIDA DOS TRABALHADORES EM FALSOS CONDOMÍNIOS



As relações entre os trabalhadores e os moradores dos falsos condomínios deveriam prever maior proteção e atenção.

Estes bairros, travestidos em "condomínios", tem predominancia de moradias de classe média de médio poder aquisitivo. Com raras exceções vê-se um ou poucos abastados de grande poder aquisitivo na maioria dos locais alterados.

A classe média de médio poder aquisitivo almeja manter este "status" social e idem ascender na escala, aumentando posses e poder. 

Filhos nas escolas particulares de custo mensal elevado, que o poder público fez necessárias ao esvaziar de condições as escolas públicas, carros que precisam manutenção e troca de modelo periódica, roupas, consumo em geral e serviços para suas propriedades.

E nos serviços que precisam entram fatores humanos, prestadores humanos, domésticas, jardineiros, babás aos nascimentos de filhos e netos, chaveiros, porteiros e vigilantes das guaritas dos falsos condomínios, trabalhadores braçais para varrição e manutenção das ruas e praças públicas travestidas, eletricistas eventuais, pedreiros nas construções reformas e manutenções, etc...que precisam frequentar estas áreas, transitar com veículos ou a pé até as casas e locais de trabalho. 

Ou seja, como em praticamente toda atividade de trabalho o trabalhador  necessita deslocar-se, de ida e de volta e para isto precisa de meios de transporte para vencer distâncias, condições adequadas de vias de tráfego a pé, proteção e conforto neste trajeto.

Nos falsos condomínios não é o que se vê. Falta transporte e em muitos falsos condomínios, faltam condições mínimas de calçadas e proteções.

Quando o MRLL promoveu abaixo-assinado requerendo linha de transporte coletivo para a Estrada do Capuava e Estrada do Lutero, vias da região do Bairro Paisagem Renoir II e III, muitos trabalhadores e trabalhadoras foram ameaçados com a perda de seu trabalho por parte de moradores destes falsos condomínios, caso assinassem o documento.

Estes moradores não queriam, segundo soubemos, que transporte coletivo transitasse pela vias, (públicas), do bolsão ou falso condomínio pois este fato descaracterizaria o local como "condomínio".

Quanto a direitos outros, básicos, do trabalhador: registro em carteira conforme a lei, duração da jornada laboral, proteção a saúde e segurança no trabalho, alimentação, abono de faltas justificadas e até pagamento correto pelos serviços prestados, desde para trabalhadores autônomos até para trabalhadores sob regime 
CLT há relatos de grandes abusos.

De onde viriam estas irregularidades?

Desde a pouca condição de aquisição dos serviços por parte dos pretensos "ricos" até a exploração clara e a burlação clara da legislação, tudo passa pelo preconceito no qual o serviçal, o trabalhador, é um ser em condição inferior que precisa trabalhar antes que o pretenso "patrão" precise dos serviços deles.

Um desrespeito e uma exclusão de direitos hedionda.

 O fato da existência de carências existenciais dos menos favorecidos pela sorte são utilizadas contra eles, que se tornam vítimas verdadeiras da fúria consumista e exploratória.




MRLL




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