Quem já viu uma rua pública que tem acesso ou passagem trancada por chaves?
Sim, destas chaves de metal vendidas em chaveiros e lojas de ferragens.
Porém existe sim, pelo menos em Cotia, na Região da Granja Viana,
uma Alameda, uma via pública municipal, que está trancada a chaves.
A Alameda das Meninas, de poético nome, é como uma donzela
errante nos vícios das cortes.
Uma “virgem” a serviço dos interesses de uma minoria de senhores
e senhoras, que somente estes senhores e senhoras podem dela usufruir.
Apesar de criada para a liberdade, para o trafego de todos,
está cerrada, impedida do seu destino verdadeiramente nobre, bloqueada estranhamente
da penetração livre dos que escolhessem por ela transitar.
Consta a Alameda das Meninas nos mapas e termina no Beco do
Vintém ou Beco do Vintim ou "do Vintém", uma via sem saída.
As pessoas que detém poder sobre a Alameda das Meninas
portam chave para acesso restrito a esta via.
Quem não mora no falso condomínio denominado Granja I, fica
de fora, apesar do direito constitucional de ir e vir, das glebas denominadas, oficialmente,
Granja I Granja II.
Este bairro tomado por meio da Lei dos Bolsões de Cotia,
portanto mais um falso condomínio, tem uma associação local, de “amigos”.
E, mesmo cerceados muitos de nós neste direito público,
ainda temos que pagar impostos para destinação de verbas da manutenção da
iluminação e da coleta de lixo do bairro travestido, no mínimo que supomos.
Mais uma vez o privilégio e a distorção.
Mais uma vez o patrimônio do povo previsto em Lei Federal é
dado por governos municipais a uma associação de moradores.
E esta associação já tratou de excluir o nosso direito de
transito livre por estas vias.
Privatização e exclusão.
Enquanto não temos a chave de metal, da qual não precisamos,
demos a volta em distância maior, apesar do nosso direito legal.
MRLL
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