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domingo, 25 de março de 2007

A Raposo Tavares Não Aguenta!

A Rodovia Raposo Tavares não vai suportar em breve o volume de tráfego !
E já não está suportando.
Quem precisa sair de manhã para São Paulo para cumprir compromissos de trabalho ou outros compromissos com hora marcada, deve procurar deixar sua casa antes das cinco da manhã.
Desde mais de doze anos, o tráfego na Rodovia Raposo Tavares somente aumenta devido a construções de novos bairros com grande adensamento demográfico o que há uns vinte e cinco ou trinta anos não se constituía em perfil de crescimento regional.
Naquela época ainda corria em São Paulo a idéia que Cotia era longe e lugar para chácaras, à semelhança do que foi São Roque há uns quinze ou vinte anos e é, por exemplo, Ibiúna hoje.
Assim, os loteamentos com propriedades de terra nua, (sem construções), formadas legalmente e regularizadas, tinham esses lotes, em torno de 1.500 (um mil e quinhentos) a 2000 (dois mil) metros quadrados ou mais, metragem de área alta em relação aos atuais empreendimentos imobiliários.
O próprio Plano Diretor de Cotia, recém aprovado pela Câmara Municipal, mostra tabela com a assombrosa evolução da população do Município que em 1991 era de 106.822 habitantes e dez anos após, em 2001 era de 153.887 e em 2004 já estava em 169.006, mostrando curva de intenso crescimento populacional.
Este crescimento não pode ser atribuído somente às classes sociais de menor poder aquisitivo, mas pode-se observar crescimento de empreendimentos para a classe média não muito abastada, com pequenos prédios e casas em terrenos de metragem de área pequena, em torno de 300 (trezentos) metros quadrados a 500 (quinhentos) metros quadrados.
Hoje, é mais fácil provavelmente vender financiada uma propriedade com uma casa pequena ou assobradada do que um grande lote de terra sem nenhuma construção.
Mas, estas propriedades menores logicamente serão ocupadas por maior número de pessoas, adensando a área de bairros e do próprio Município e há uma concentração destes empreendimentos no que resta de áreas de antigos Sítios na Região próxima a Granja Viana devido a maior valorização pela procura destes pequenos novos imóveis.
Estes empreendimentos já nascem como condomínios legais e causam pressão sobre toda a infra-estrutura urbana e promovem uma relativa perda de qualidade de vida a todos, novos moradores e antigos moradores.
Quanto ao meio ambiente mais pressão ainda e, paradoxalmente, as imobiliárias apregoam que a “Região da Granja Viana” é um “paraíso para respirar” ou ainda, mais adiante, em Vargem Grande Paulista, que com a “nova Raposo” o comprador pode “morar longe de São Paulo” e lá “chegar rápido”.
Só que incorporadores e imobiliárias se esquecem que a cada novo empreendimento destroem mais ainda o meio ambiente e diretamente destroem o próprio argumento de venda que têm!
A Rodovia Raposo Tavares foi alargada depois do quilômetro 31 (trinta e um) no sentido São Paulo-Interior, todavia no sentido Interior-São Paulo, hoje a partir das imediações do quilômetro 26 (vinte e seis), pára das seis horas da manhã até quase dez horas.
Um tiro no pé! No pé dos compradores!

Dr. Ricardo Augusto do Carmo Salgueiro
p/ Movimento RenoirLutero Livre

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